Projeto realizado com o apoio da Fundación Biodiversidad
Espaços protegido
Superficie: 8.468,5 Ha
O Parque Natural do Fogo encontra-se situado na zona central da ilha do Fogo e abrange o Vulcão, a Cratera, a Bordeira, e o Perímetro Florestal de Monte Velha. O seu limite Norte fica situado a uma altitude que vai aproximadamente dos 1.000 a 1.400 metros, com pontos de referência naturais localizados entre Cutelo Cinza e Ribeira Pelado até as nascentes da zona de Orela. O limite Sul situa-se entre a Orela e Bordeira a uma altitude de aproximadamente 1.800metros, segundo o limite Este que passa abaixo da estrada principal de acesso a Chã das Caldeiras, passando pela Ribeira de Fernão Gomes até Cabeça Turi, a 1.104 metros de altura.
Situa-se na confluência de três Municípios: S. Filipe (1.861 ha: 22% do Parque), Santa Catarina (4.237 ha: 50% do Parque) e Mosteiros (2.370 ha: 28% do Parque). Chã das Caldeiras, que é onde existe o único assentamento humano no interior do Parque, pertence ao Município da Santa Catarina.
Um aspecto importante, e que se reveste de uma particularidade única, tem a ver com o facto de o Parque Natural do Fogo ser o maior de todas as 47 áreas protegidas que constam da Rede Nacional de Áreas Protegidas de CaboVerde.
O Parque Natural do Fogo representa a amostra mais representativa dos ecossistemas húmidos de montanha da ilha do Fogo e um dos mais importantes ecossistemas de fruticultura de sequeiro de Cabo Verde.
O vulcão da ilha do Fogo tem 2.829 metros, com uma caldeira de 8 km de diâmetro em Chã das Caldeiras no lado ocidental. As paredes atingem 1000 metros, com uma cratera de 500 metros de diâmetro, e uma profundidade de 180 metros. No Pico do Fogo não se regista actividade eruptiva desde o século XVIII, persistindo apenas actividade fumarólica na sua cratera.
No Parque, encontram-se diferentes tipos de habitats devido à diversidade de altitude e de microclima. O clima existente no Parque é, em termos gerais, semelhante ao clima característico da Ilha, isto é, subtropical seco, caracterizando-se por uma curta estação de chuvas de Julho a Outubro, determinado principalmente pelos factores altitude, relevo e exposição, e uma estação seca nos restantes meses do ano.
Uma primeira constatação sobre a paisagem do Parque Natural do Fogo é que ela constitui uma unidade de interesse para diversas áreas, nomeadamente a vulcanologia, a geologia, a ecologia, a botânica e a sociologia. A personalidade do Parque Natural fica definida pelos elementos que conformam a sua paisagem, tais como o vulcão, a caldeira e a Bordeira com as suas ribeiras profundas e a vegetação arbustiva única, a agricultura tradicional numa paisagem lunar e os povoados de Chã das Caldeiras. Apesar de alguns destes elementos não serem exclusivos do Parque, aqui eles combinam-se de tal forma que configuram uma realidade paisagística única.
No interior do Parque, ainda podem-se encontrar pequenas mas importantes amostras de vegetação, testemunhando aquilo que foi o habitat natural antes da colonização da ilha do Fogo pelo homem. Uma destas amostras é uma área arbustiva com predominância de Euphorbia tuckeyana que se situa dentro de Monte Velha, caracterizada pela presença dominante de tortolho (Euphorbia tukeyana), ocupando uma pequena área do Montinho próxima da estrada, entre Monte Velha e Piorno e tem o melhor nível de conservação entre as que representam hoje o ambiente natural originário.
Os dados disponíveis sobre a fauna do parque Natural do Fogo são extremamente limitados. No Parque existem 79 invertebrados, Entre outros, são Classe Gastropoda, Arachnida, Malacostraca, Chilopoda, Diplopoda e Insecta. Existem 10 espécies de aves, e confirmou a presença da espécie Acrocephalus brevipennis (Tchota-de-cana) Esta espécie de grande importância para a conservação, é considerada em perigo de extinção. Quanto aos répteis, estão representados pelas famílias Gekkonidae (Osgas) e Scincidae (Lagartixas). São indicadas para a ilha do Fogo 12 espécies e subespécies pertencentes a estas duas famílias.
Categoria IUCN
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